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Saiba o que é realmente uma pós-graduação

Atualizado: 7 de jan. de 2021



Quando se termina a faculdade, uma grande quantidade de pessoas quer continuar estudando e com isso continuar investindo na carreira e formação, afinal, todas as pessoas de sucesso admitem que a carreira é um aspecto que deve ser cuidado sempre.


Mas o mercado oferece uma grande quantidade de cursos, e fica difícil saber exatamente qual fazer. Nesse caso, a melhor coisa a fazer inicialmente é entender o que é uma pós-graduação e como ela pode influenciar na carreira profissional. Para conhecer as contribuições de uma especialização na sua carreira, veja o nosso post sobre as seis contribuições possíveis para alavancar sua carreira.


Nesse post eu lhe direi o que é realmente uma pós-graduação, os tipos de pós-graduação existentes no Brasil e o que torna um curso de especialização um curso de excelência.


Uma das questões mais importantes em uma pós é saber se o curso é reconhecido, ou seja,

se ele será obrigatoriamente aceito por qualquer instituição, sendo ela governamental ou privada.

Ao final de cada tópico sobre os cursos você encontrará uma explicação sobre o reconhecimento dos cursos de pós, podendo assim entender como o Ministério da Educação certifica o grau acadêmico, ou seja, como ocorrerá a certificação, para que conste na sua história acadêmica o seu progresso, atingindo assim o ápice dos estudos no Brasil.




O que é uma pós-graduação

Pós-graduação é, na verdade, qualquer curso realizado após o ensino superior ou faculdade, não importa se a graduação oferecida pela faculdade foi de licenciatura, bacharelado ou tecnólogo e nem se foi presencial ou à distância, desde que tenha sido adequadamente autorizado e reconhecido pelo Ministério da Educação.


Muitas pessoas optam por continuar a estudar apenas para adiar o enfrentamento das exigências do mercado de trabalho, adquirindo mais recursos nas pós-graduações e se preparando melhor para a concorrência.


Mas saber exatamente o que você precisa, é um dos passos mais importantes.


Tipos de pós-graduação

Na legislação brasileira, existem basicamente dois cursos de pós, os cursos strictu sensu, voltados para a área acadêmica e os lato sensu, voltados para o mercado de trabalho.


Cursos stricto sensu

Os cursos stricto sensu são os programas de mestrado e doutorado, com duração respectiva de dois e quatro anos, sendo indicados para as pessoas que desejam seguir na área acadêmica como professor de Instituições de Ensino Superior (mestrado) ou como pesquisador (doutorado).


Existe ainda o chamado pós-doc ou pós-doutorado, destinado apenas aos profissionais que terminaram mestrado e doutorado e que representa o grau acadêmico final e mais elevado.


Para que um curso stricto sensu possa existir ele precisa ser autorizado pelo governo federal, através do Ministério da Educação. Sendo assim, todo curso de pós, do tipo mestrado e doutorado, é necessariamente reconhecido pelo Ministério da Educação. Esse reconhecimento se dá quando a faculdade inscreve seu Programa de Pós-graduação na CAPES, órgão responsável por reconhecer e fiscalizar os cursos stricto sensu.


Cursos lato sensu

São cursos que possuem carga horária mínima de 360 horas e duração de dois anos a dois anos e meio.


Estes cursos se referem aos cursos de MBA (Master Business Administration) e aos cursos de Especialização. Os cursos de MBA são voltados para a área de administração em negócios, como finanças, recursos humanos, materiais e etc. As especializações compreendem basicamente a atuação no mercado e, portanto, devem contemplar o que e como se deve atuar na área pretendida.


Existe muita confusão sobre as exigências de um curso de Especialização e sua regulamentação junto ao MEC.

Entenda abaixo o processo de regulamentação e qualificação desses cursos.




Sobre a qualificação dos cursos de especialização

Um aspecto importante é que o MEC não autoriza e nem fiscaliza diretamente os cursos de Especialização. O órgão máximo da educação faz recomendações de qualidade e estabelece regras mínimas de funcionamento, mas não executa ou reconhece os cursos, ao contrário, estabelece algumas regras e a faculdade responsável pelo curso tem liberdade para oferecer e implantar qualquer curso, assim como a obrigação de zelar pela sua qualidade.


Nesse caso, é importante procurar uma instituição que esteja preparada para receber seus alunos com um bom corpo docente e tenha um programa que abarque aspectos teóricos e práticos. Confira outros elementos de qualificação abaixo.


Quando for escolher um cursos de especialização, verifique a presença desses itens como elementos qualificadores do curso, pois existem vários cursos no mercado e é preciso saber diferenciar sua qualidade:


1) o curso é organizado por uma Instituição de Ensino Superior credenciada?

2) Possui um programa voltado para as necessidades do mercado?

3) A instituição possui tradição no ensino da temática?

4) O corpo docente possui formação e experiência na área que ministram disciplinas?

5) A carga horária do curso é compatível com o conhecimento ensinado?

6) O curso oferece algum tipo de contato com a prática ou é apenas teórico?

7) Há uma preocupação genuína com o processo de formação do aluno?

8) Existe algum trabalho final que qualifique a formação do aluno, como um TCC ou artigo?

9) Há uma preocupação dos organizadores do curso com a inserção do aluno no mercado de trabalho?


Instituição de ensino superior credenciada. Esse é o primeiro passo que uma instituição de ensino superior deve seguir, para receber autorização para funcionar como tal. Ou seja, abrir cursos de graduação que serão posteriormente autorizados e reconhecidos, para também poder oferecer os cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu).


O programa de curso diz respeito a não apenas quais temáticas serão abordadas, mas também como serão ministradas. Um bom programa é composto pelos temas mais importantes da especialidade em foco, de maneira prática e conjugado com as novas teorias.


Tradição no ensino da temática. De nada adianta oferecer um curso de lato sensu ou stricto sensu se os organizadores não possuem tradição na relação com a temática, ou seja, não sejam reconhecidos regionalmente como efetivamente competentes naquilo que ensinam. Outro aspecto que contribui para a tradição é o curso já ter sido ministrado algumas ou uma grande quantidade de vezes. Isso faz com que o programa seja sempre corrigido e aprimorado, tendo cada vez mais pertinência ao mercado.


Um corpo docente qualificado, segundo o MEC é composto por 70% do quadro com titulação acadêmica (mestrado e/ou doutorado), mas o que se tem constatado é que apenas isso não basta. É fundamental que o corpo docente tenha inserção não apenas acadêmica, mas também prática. Um professor que sabe toda a teoria sobre o tema que ministra, mas nunca atuou profissionalmente nessa área poderá ter dificuldades ao fazer as correlações entre a teoria que defende e a atuação dos futuros profissionais que está ajudando a formar.


Carga horária compatível. Uma formação comprometida com o crescimento profissional de seus alunos, seja no nível do mestrado e doutorado ou no nível das especializações e MBA necessita de uma carga horária compatível com o que propõe. Na maioria das vezes, as instituições de ensino superior atendem exclusivamente à carga horária mínima recomendada pelo Ministério da Educação. No entanto, muitos cursos oferecem a carga horária que julgam necessária para que o aluno atinja a competência que precisa no âmbito prático e teórico. Existe diferença, por exemplo, entre uma especialização em epistemologia e uma especialização na prática clínica. A segunda vai requerer mais contato com a prática que a primeira, obviamente. Portanto, necessita de carga horária maior.


O contato com a prática. Um dos itens mais importantes para o profissional que deseja aprimorar-se diz respeito, com certeza, ao conhecimento prático. Seja na docência, onde é realmente necessário que o professor tenha experiência em sala-de-aula, checando sua capacidade de condução do grupo, habilidade didática e domínio de conteúdo; seja na especialização, em que o profissional precisa ter experiência no campo em que pretende atuar. A prática da psicologia clínica, por exemplo, demanda o contato com o paciente, não apenas como observador, mas como aquele que efetivamente fará as intervenções como clínico. Nesse aspecto, os estágios supervisionados tem a primazia no processo de aprendizagem e permitem ao aluno checar suas dificuldade e aprimorar suas qualidades.


A formação do aluno. Nesse quesito, não importa muito se falamos em pós-graduação stricto sensu ou lato sensu. A formação do aluno diz respeito ao desenvolvimento de habilidades que o torne de fato competente como profissional e, de certa forma, transcendem a titulação ou as habilidades previstas especificamente naquela pós. A formação diz respeito ao crescimento profissional e pessoal, e implica em propostas de crescimento da pessoa em sua totalidade. Esse aspecto é visível quando o acompanhamento é consistente, através de conversas, programas ou projetos voltados especificamente para esse fim.


O Trabalho de Conclusão de Curso ou TCC, como é chamado, é um dos itens mais polêmicos da pós-graduação e que talvez merecesse até um post em separado, afim de examinar sua importância. Reconheçamos que a habilidade de escrita e o gosto pela mesma não é aprimorado em todas as pessoas, e muitas delas não farão questão das mesmas, embora queiram qualificar-se profissionalmente; isso é fato. Se a escolha é pelo mestrado e posteriormente pelo doutorado, essa qualidade terá que ser desenvolvida ou aprimorada, pois a finalidade é a produção de uma dissertação ou de uma tese. Então, não há como não se optar. Mas no caso das especializações e MBAs, alguns cursos exigem a produção de uma monografia e outros de um artigo, dentro dos padrões de cientificidade das academias. É exatamente essa produção que permitirá ao curso mostrar, não apenas ao aluno, mas à comunidade científica em geral que seu programa possui qualificação e efetivamente mostra o resultado dessas qualidades. Portanto, isso eleva o status do curso e, consequentemente, aumenta seu valor, tanto para o aluno quanto para a comunidade científica em geral.


Quanto à inserção do aluno no mercado de trabalho, a maioria das pós stricto sensu não possui essa preocupação e poucas especializações elaboram algum tipo de programa que permita ao aluno o começo e continuidade do exercício daquelas competências que ensina. A existência de projetos e programas que apresente e vincule o aluno a alguma prática profissional são quesitos fundamentais para que o aluno obtenha sucesso e para que a instituição seja reconhecida como verdadeiramente comprometida com a qualidade do trabalho de seus alunos. Sem dúvidas, esse é um item que deve ser cuidadosamente observado.


Fechando sua escolha

Se ao examinar o curso e a instituição onde você pretende fazer pós-graduação, a resposta positiva à maioria dos quesitos acima foi positiva, então isso confere um grau de excelência ao curso, fazendo com que você tenha certeza que ele o auxiliará no processo de construção e obtenção de resultados em sua carreira. É a partir desses elementos que uma boa escolha para os cursos de especialização acontece e você pode ter certeza que está no caminho certo.


Evidentemente, nem a melhor das instituições fará mágica com o aluno que não está comprometido com sua própria formação e não consegue atender ao mínimo proposto em seus materiais curriculares, mas, para o aluno envolvido, a melhor estrutura abrirá bons caminhos.


Apenas para fechar esse post sobre a escolha do tipo de pós-graduação, se o seu objetivo é a docência do ensino superior, lecionar em faculdades e universidades, a pós-graduação que melhor o qualifica para isso são os cursos stricto sensu (mestrado e doutorado). Se o seu objetivo é o mercado de trabalho, atuar como profissional liberal, conhecer profundamente um tipo de atuação e ser reconhecido nela, os cursos indicados são os lato sensu (especializações e MBAs). Os elementos de qualificação citados acima são suficientes para que você possa fazer uma boa escolha de pós-graduação.


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